Bom dia, Somziner! 🤘🌞
A última newsletter me deixou muito contente. Porque, após o lançamento da edição passada, fez com que a gente esteja conseguindo chegar na faixa de 170 assinantes! Isso é ótimo! Se você é um desses novos somziners, SEJA MUITO BEM VINDE!
Bem, vou abrir a SOMZIN de novo jogando para você pensamentos que estão fazendo parte dos meus dias ultimamente: o fato de estar envelhecendo. É muito difícil lidar com isso, né? Não digo nem a questão de aparência e beleza. Cabelos brancos e rugas são nada comparadas à angustia da nostalgia dos tempos que já vivi e incertezas do que está por vir no futuro - que inclusive está vindo muito rápido!
Presenciar meus pais, avós, tios, familiares num geral e amigos, todos eles envelhecendo, e sentir o aperto no peito achando que não estou aproveitando o suficiente eles enquanto ainda dá tempo. E aquela dor de refletir se eu mesmo estou ME APROVEITANDO, curtindo minha juventude, meus anos dourados.
A mensagem de hoje é aquele clichê, mas que toda vez que eu vejo a cena de De Repente 30 - quando a Jenna, com 30 anos, vai para a casa dos pais e percebe que tudo o que ela mais se arrepende é de não ter dado o devido valor para eles - eu choro: seja gentil, amável e aproveite TUDO e TODOS a sua volta. Porque logo você vai ter 20, ou 30, ou 40, ou 50, e assim por diante.
(sim, eu estou chorando enquanto escrevo isso, nesse exato momento, sentado no meu sofá com o notebook no colo e lendo essas palavras de forma embaçada).
Se gostar da leitura, tire um print e/ou uma foto lendo essa edição e coloque nos stories marcando @doughinckel. Vou adorar acompanhar você lendo e ajuda bastante a chegar em mais pessoas!
Isso me ajuda MUITO para que o projeto ganhe mais assinantes! GO!
Sem mais delongas, bora pegar um cafézinho (ou chá) e ler a DÉCIMA TERCEIRA EDIÇÃO DA SOMZIN! ☕
Boa leitura! 🤘
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RENAISSANCE • Beyoncé
“I wanna house you and make you take my name
I'm gonna spouse you and make ya tat' ya ring
I'm gonna take you all the way, baby, can I take you all the way?”— ‘Summer Renaissance’, de Beyoncé
Falar de uma lenda na música é extremamente difícil, pois com tantos portais fazendo resenhas e contando suas opiniões, é difícil sair do óbvio e falar algo novo. Mas principalmente, o peso de comentar o trabalho de alguém tão importante não só para a indústria musical mas também para a vida de muitas pessoas, é enorme.
Beyoncé não é apenas uma das seletas artistas da nossa atualidade que chegaram ao patamar mais elevado de relevância e preciosidade, mas também um espectro, um momento, uma avalanche. Falar de Beyoncé não é fácil, mas vou arriscar, porque ela entregou mais um trabalho colossal, que se tornou desde o seu lançamento, um dos melhores álbuns de 2022.
No dia 29 de julho deste ano, Beyoncé Giselle Knowles-Carter entrega o seu novo disco Renaissance, resgatando sons da população marginalizada do final dos anos 80 e toda a década de 90. Vai desde o hip hop, passando pelo disco, até a house music.
O que Madonna começou em Vogue (1990), Beyoncé chega evidenciando o legado de retirar da periferia a cultura ballroom. Cultura Ballroom é um movimento político que celebra a diversidade de gênero, sexualidade e raça. Diante de uma sociedade totalmente preconceituosa em suas diversas camadas (racista, transfóbica, homofóbica, xenofóbica, etc), os pertencentes do cenário ballroom criaram uma forma de celebrar suas vivências, para relembrá-los de que são vitoriosos. É dali que nasce o voguing e diversas outras manifestações que hoje recebem mídia e representatividade.
Com Renaissance, Bey firma ainda mais que é a maioral. E isto está na batida, nas referências, nas criações, e literalmente nas composições. “Nem perca seu tempo tentando competir comigo. Ninguém mais neste mundo consegue pensar como eu” é o que ela fala na faixa Alien Superstar, uma das faixas mais queridas pelos fãs.
O álbum foi produzido por diversos músicos talentosos, que o criaram como um disco coeso e com momentos sem interrupções, onde uma faixa está ligada a outra. Se você escutar o álbum em sequência, vão ter momentos que você não irá perceber quando termina uma música e começa a próxima. Mesmo que nomes grandes na música, como Lady Gaga, já tenham feito esse mecanismo, Beyoncé trouxe da sua forma essas transições entre canções.
Mesmo que desde seu último disco Lemonade (2016) Beyoncé não ter ficado parada em relação à música, os fãs ficaram muito agraciados e totalmente contentes pelo retorno da diva com esse trabalho. O álbum só contribuiu ainda mais com o discurso e posicionamento político que ela ensina e transmite para o mundo.
A sonoridade mais “fácil de apreciar” com esse álbum não largou em nada a importância que é para a comunidade negra o nome de Beyoncé na música. Em Renaissance, ela já está num nível artístico que, cantando ou não explicitamente sobre o respeito, valorização e poder da pele preta, nós já sentimos o impacto de Beyoncé ser Beyoncé.
Minhas faixas de destaques dessa semana são Pure/Honey, Energy, Heated e American Has a Problem. Mas todas as músicas desse disco são obras primas, e a maior evidência disso para mim é que eu não consigo pular NENHUMA música ao dar play no álbum - se isso servir de parâmetro para você entender essa produção.
Renaissance é um álbum para quem gosta de batidas fortes, dançar e ouvir um som tão fresco e novo, mesmo que influenciado por movimentos musicais do passado. É um momento para apreciar uma artista que ganhou o coração de todos nos anos 90 com o Destiny’s Child, teve sua ascensão solo nos anos 2000, consolidou-se na década de 2010 e agora está se reinventando em 2022.
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🔎 ACHADOS & OUVIDOS
Outras indicações, dicas e inspirações do que eu tenho feito.
🎸 Em novembro (12/11), acontecerá o festival GP Week, um novo evento comemorativo para o Grande Prêmio da Fórmula 1. Com The Killers, Twenty One Pilots, e outras bandas, será um grande evento para curtir muita música boa. Uma das bandas que irá tocar no evento são os meninos do The Band Camino. Conheci eles por causa desse lineup, e fiquei viciado essa semana no som deles. É uma mistura de LANY com Lauv e uma pitada de Jonas Brothers (viajei?). Vale a pena conferir. Clica aqui.
(GP Week, me dá uma cortesia pra cobrir o festival!)
🏳️🌈 Fui no show da Pabllo Vittar. Ela tocou no PopPride Festival, que aconteceu aqui Florianópolis-SC. Além de assistir o show ÍNCRÍVEL dela, também rolou show do Quebrada Queer - primeiro e único grupo de rap LGBTQIA+ no mundo, Chamaleo - um novo nome para o pop gay brasileiro, e Lia Clark - dragqueen funkeira já super consolidada aqui no Brasil. Foi um ótimo momento para conhecer novos artistas e prestigiar o cenário da música nacional, que as vezes deixamos de consumir. Temos muitos artistas incríveis aqui em território brasileiro. Clica no nome deles e confere um pouco.
✨ NEWS DA SEMANA
Últimos lançamentos que ainda não consegui conferir, mas estou ansioso para escutar durante o trabalho 🎧
Aretuza Lovi - Borogodó pt.1 (ÁLBUM)
Joshua Basset - Smoke Slow (SINGLE)
Davi Sabbag - dreamy… (SINGLE)
Yeah Yeah Yeahs - Burning (SINGLE)
Maggie Lindemann - self sabotage (SINGLE)
Megan Thee Stallion - Traumazine (ÁLBUM)
Por hoje é isso, pessoal! ☕
Espero que essa semana seja muito boa para você, que você se anime com as indicações da SOMZIN #13!
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Um bom dia, uma boa semana e até a próxima segunda!
Abraço e dá play aí! 🤘
Adorei, Douglas!! Eu também não consigo dar play no álbum sem escutar cada uma das músicas sem pular. Ela criou uma experiência única e imagética. Rainha demais.